Sempre amei artesanato, customização e tudo mais relacionado ao handmade (feito à mão), como já falei aqui. Mas minha intenção não é apenas ensinar a fazer essas peças. Eu quero incentivá-lo a ir além, a se profissionalizar e ganhar dinheiro com as artes manuais.
Hoje ainda existe aquele velho conceito de que artesanato é coisa de aposentado ou de pessoas mais humildes, porém é uma profissão como outra qualquer, para todo e qualquer indivíduo que goste; e deve ser encarada com dedicação e interesse.
Pode ser só um hobby? Claro! Mas pode também ser a sua principal fonte de renda, que irá proporcionar uma vida mais tranquila a você e à sua família.
Publicarei algumas histórias de sucesso e dicas de empreendedorismo no artesanato com certa frequência, para motivá-lo e fazê-lo ver que pode sim obter sucesso com a sua arte. Basta acreditar, persistir e se dedicar ao aprendizado e ao trabalho.
Vou começar com a história da Daniela Lessa, uma advogada que se descobriu designer ao customizar os tênis brancos dos seus dois filhos com desenhos coloridos, feitos à mão. Os tênis fizeram tanto sucesso na escola que ela começou a receber encomendas de outras mães de alunos. “Era quase época de Natal e eu acabei fazendo um blog para expor os modelos que já tinha pintado. Isso facilitou a minha vida, já que não tinha muito tempo para mandar fotos dos tênis para cada pessoa que me pedia, afinal, meu trabalho era em um escritório e eu, realmente, exercia a advocacia”, conta.
Daniela não parou só nos tênis, ela decidiu inovar e customizar as mochilas das crianças. Verificou a falta de criatividade do mercado, que só vendia personagens da moda e aproveitou a oportunidade. Resultado: recebeu novos pedidos. O blog já tinha se tornado pequeno para os itens e a exposição estava ficando confusa, foi aí que a designer de peças infantis lançou um site com as fotos. Nascia oficialmente a marca de objetos para crianças “Dani Lessa” (www.danilessa.com.br).
A simples brincadeira e o passatempo de Daniela ganharam caráter profissional e, hoje, ela se dedica exclusivamente à marca, deixando de lado a vida na advocacia. “Atualmente, a empresa está em crescimento. Tenho muito mais produtos e pedidos, a estrutura da loja virtual já não está suportando. Até o final do ano, a marca já estará com outro site. Além disso, uma loja virtual também precisa de manutenção, assim como a física. Precisa estar atraente e acessível aos clientes”, analisa a empresária.
O trabalho é feito todo dentro de sua própria casa desde 2009, quando a marca foi lançada, mas as vendas estão indo tão bem que ela já vê a necessidade de ter um espaço para expor as peças. A ideia é inaugurar um showroom neste semestre. “Não consigo mais manter o estoque e os materiais na minha casa. Além disso, cada vez mais, eu recebo pedidos de lojas que têm interesse em revender minhas criações, mas que querem olhar antes”, planeja Daniela, que diz nunca ter encarado a ideia como um bico, apenas como uma atividade de lazer para fugir da rotina pesada do antigo emprego.
Inspirado no artigo: http://www.revistagestaoenegocios.com.br/gestao-motivacao/35/artigo235737-1.asp